Hoje é o Dia Internacional das Mulheres e jamais deixaríamos de exaltar a força feminina nesse esporte que tanto amamos. A história das mulheres no surf é antiga, mas há quem subestime e ache que a presença feminina na água é recente.
Vamos voltar no tempo para contar um pouco dessa história e destacar figuras icônicas do surf feminino?
Princesa Ka’iulani
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Na integração havaiana aos EUA, a última princesa Havaiana lutou pela preservação das tradições do seu povo. Com a proibição de qualquer tipo de manifestação da cultura havaiana pelos missionários americanos, a princesa desafiou a todos, pegando sua prancha e entrando no mar.
Isabel Letham e Margo Oberg
Treinada pelo lendário Duke Kahanamoku, Isabel foi a primeira competidora amadora de surf, em 1939, na praia de Waikiki.
Já na categoria profissional, a primeira competidora feminina foi Margo Oberg, em 1975.
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Margot Rittscher
A americana naturalizada brasileira residia na região de Santos/SP e foi a primeira mulher a surfar no Brasil, na década de 30, sendo incentivada por seu irmão a quebrar a barreira do preconceito.
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Rell Sunn
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Até hoje considerada o verdadeiro espírito do “Aloha”, Rell Sunn foi uma verdadeira waterwoman, se destacando em todos os tipos de atividades aquáticas. Homenageada como a primeira salva-vidas mulher no Hawaii, local onde os salva-vidas são extremamente valorizados, Rell foi uma das grandes responsáveis pela criação da Associação Profissional de Surf Feminino.
Lisa Andersen
A primeira mulher a aparecer na capa da Surfer Magazine (com a lendária frase: Lisa surfa melhor que você!), elevou o nível do esporte quando competia entre os homens (e ganhava!). Foi por causa de Lisa que a indústria de roupas de surf iniciou a produção de equipamentos voltados para o surf feminino, como shorts, wetsuits e protetores. Incentivou e inspirou dezenas de meninas e mulheres a iniciarem a prática do surf e a competirem, tendo sido homenageada pela surfista profissional Courtney Conlogue na última etapa do WCT em Portugal.
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Keala Kennelly
Símbolo de garra e coragem, fez as maiores cracas de Teahupoo parecerem um passeio no parque. Teve grandes momentos durante sua carreira como surfista profissional, e se dedicou intensamente em advogar pela igualdade entre homens e mulheres no circuito profissional.
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Sarah Gerhardt
Apesar de não ser muito conhecida no mundo do surf profissional, para os surfistas de ondas grandes, esse nome é bem conhecido. Sarah foi a primeira mulher a surfar a onda de Mavericks, e em entrevista chegou a mencionar que usou como combustível todos os julgamentos por parte dos homens, de que ela não seria capaz de entrar naquele mar.
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Layne Beachley
A hepta campeã mundial teve uma vida difícil, mas com muita força e determinação superou os obstáculos e ocupou o lugar mais alto do pódio, deixando um legado inspirador para muitas mulheres na área do surf competitivo, sendo referência para muitas atletas até hoje.
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Rochelle Ballard
Rochelle ficou conhecida por sua imensa habilidade, desenvoltura e coragem em ondas tubulares e pesadas como Pipe e Backdoor. Com o tempo, aprimorou sua técnica e estilo, e foi a grande responsável pelo desenvolvimento do surf feminino dentro dos tubos.
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Brigitte Mayer
Nos anos 80 Brigitte começou a surfar e em 1990 foi a primeira brasileira a competir no circuito mundial. Por falta de um circuito profissional brasileiro, ficou durante muito tempo sem competir, mas com o início das competições nacionais, se consagrou campeã Brasileira. Também foi a primeira mulher a ser presidente da ASP (Associação de Surf Profissional).
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Andrea Lopes
Foi a primeira brasileira a ganhar uma etapa do Circuito Mundial em 1991. Se dedicou intensamente à carreira profissional, e até hoje é uma grande referência do surf feminino no Brasil.
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Jacque Silva
Jacque foi vice-campeã Mundial em 2002 e bi-campeã das qualificatórias, o WQS, sendo conhecida pelo surf potente e clássico. Foi a representante do Brasil no circuito mundial durante muitos anos, inspirando diversas atletas a perseguirem seus sonhos.
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Tita Tavares
Multi campeã brasileira, bi-campeã do WQS e rankeada entre as 5 melhores do mundo, a cearense Tita foi uma das grandes atletas brasileiras que teve que desistir da carreira pela falta de patrocínio e incentivo. Uma grande perda pro esporte, pois seu talento, força e estilo são inegáveis!
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Silvana Lima
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Diretamente de Paracuru no Ceará, Silvana ficou conhecida pelo seu surf progressivo e cheio de força. Foi vice-campeã mundial por 2x e representou o Brasil no CT durante muitos anos, lutando com a dificuldade da falta de incentivo e patrocínios. Em 2021 foi a representante brasileira na estreia do surf nas Olimpíadas.
Stephanie Gilmore
Uma das maiores campeãs do surf feminino, ao lado de Layne Beachley, Stephanie é dona de um surf cheio de estilo e uma personalidade cativante. Hoje é uma das surfistas mais velhas no circuito, mas segue sendo uma das grandes atletas a serem batidas durante as etapas.
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Maya Gabeira
Referência no surf de ondas grandes, entre homens e mulheres, Maya foi a primeira mulher a entrar no Guiness Book, com o recorde de maior onda surfada. Sofreu um acidente assustador em Nazaré, mas ao se recuperar encontrou ainda mais força para retornar ao mar e superar seus próprios limites e recordes.
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Bethany Hamilton
Dona de uma das histórias mais incríveis de superação e inspiração dentro do surfe, Bethany perdeu o braço após um incidente com um tubarão em 2008, quando estava despontando na categoria profissional. Apenas 1 mês depois do ocorrido já estava de volta ao mar, provando que não seria parada. Aéreos, manobras fortes, tubos e ondas pesadas estão no seu repertório, mostrando que nada é um obstáculo para essa mulher tão cheia de determinação. Com 3 meses de gravidez Bethany surfou no Pipe Invitational, dropando as maiores e mostrando mais uma vez a sua carga de atitude.
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Jessi Miley-Dyer
A ex-competidora do Circuito Mundial, ao se retirar das competições, assumiu um cargo dentro da WSL e hoje se tornou a primeira mulher a ser Vice Presidente e Head das Competições femininas e masculinas. Foi uma das responsáveis pelo ajuste nas premiações dos eventos, igualando os valores de homens e mulheres.
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Essas são apenas algumas das mulheres incríveis que marcaram a história do surf, inspirando, estimulando e abrindo caminhos para a nova geração chegar arrebentando.
Hoje podemos assistir as mais jovens como Sky Brown, Sierra Kerr, Bela Nalu, Luana Silva, Sophia Medina, Moana Jones e outras criando suas próprias histórias no esporte, graças a todas essas pioneiras que não se intimidaram com o preconceito e deixaram sua marca no surf.
Lugar de mulher é onde ela quiser, mas a gente ainda acha que o lugar mais legal pra uma mulher é na água, surfando muito!
Um grande viva a todas as mulheres do mundo, e em especial às mulheres do surf, que nos inspiram diariamente!